O programa desta quarta-feira abalou a irreverência do nosso amigo Ogier Buchi. Lemos uma das cartas endereçadas ao Papai Noel que os Correios encaminham ao Provopar. A cartinha era de uma menina que, pelo segundo ano consecutivo, queria que o bom velhinho lhe desse um kit escolar. No ano anterior não tinha obtido resultado, mas ela entendia e estava reforçando o pedido.
Todos nós, apresentadores e produção – e tenho certeza os ouvintes – ficaram emocionados. Mas o Ogier não se conteve. Tentando segurar o choro, disse no ar que iria colocar sua credibilidade em jogo e prometeu que um ouvinte qualquer iria atender ao pedido. Nem bem terminou de falar, liga a ouvinte Rosane – se eu não esqueci o nome – e disse que iria doar o kit escolar. Algo tão simples mas que pode até mudar as expectativas de uma menina em relação ao mundo e ao futuro.
Aí, o nosso amigo que tem sempre uma tirada irônica para as mais diferentes situações, desabou e saiu do ar chorando.
Situações semelhantes a da menina que espera dois anos por kit escolar como presente de Natal e ainda têm esperança a ponto de escrever uma segunda cartinha ao Papai Noel, acontecem todos os dias neste nosso Brasil.
É tão comum que a gente vai ficando anestesiada. Mas quando este cotidiano aparece na nossa frente é como se descobríssemos uma realidade nova.
O Programa Contraponto não pretende fazer demagogia barata e a gente nem tem a frieza necessária para encarar estas situações, como ficou provado neste dia. Mas acho que cumprimos nosso papel nesta quarta-feira.
Um presente de Natal para todos nós
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008 | Postado por João Arruda às 20:33
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