O seminário “Crise: Rumos e Verdades”, que o governador Requião montou para apresentar a visão alternativa ao neoliberalismo, ganhou a simpatia do mundo empresarial.
A presença de pesos pesados da indústria como o paranaense Rodrigo Rocha Loures e o presidente da Gradiente, Eugênio Staub, mostraram coincidência de pontos de vista entre o “setor produtivo” e os economistas que defendem um novo modelo financeiro internacional.
Apesar do que a mídia brasileira vende, a idéia de que o livre mercado é o único caminho para a riqueza não é unanimidade no planeta.
Economistas do mundo todo querem rever o acordo de “Bretton Woods”, que estabeleceu em 1944 as regras do comércio e do sistema financeiro mundial sob a tutela do dólar e do capitalismo norte-americano.
Em comum com os empresários brasileiros, eles são contra a ditadura das políticas monetárias baseadas nos juros e no amordaçamento do setor produtivo e a liberdade para o setor financeiro. Os empresários defendem o setor deles; a esquerda o dever do Estado em organizar e participar da economia em defesa das maiorias.
Mais do que a diversidade de diagnósticos, a convergência a respeito do tratamento é que marcou o início de seminário. Vale a pena acompanhar para ver como o mundo está pensando fora do consenso de Washington e dos jornalões.
Postado por João Arruda
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