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O trote nas universidades

O Contraponto acompanhou hoje à volta às aulas dos alunos da Universidade Federal do Paraná, depois de um longo descanso. Além da dificuldade de locomoção, com o trânsito cada vez mais caótico e com os ônibus superlotados, um dos temas da nossa reportagem é o trote.

Antes do Carnaval, no dia 18 de fevereiro, a Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que torna crime o trote violento. O texto prevê prisão de um a cinco meses e multa de R$ 100 a R$ 500 para quem submeter um estudante a situação ridícula ou ofensiva durante o trote. O dinheiro deverá ser usado nas bibliotecas das universidades. Para virar lei, a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Senado.

Os calouros geralmente participam do trote de forma inocente sem olhar as consequências. Mas passar por um trote violentou ou constrangedor pode levar alguns a abandonar o curso ou tentar mudar de faculdade.

O trote, como qualquer outra forma de violência, acaba se tornando um círculo vicioso. O veterano que recebeu o trote quer praticá-lo também. Ele pensa: se eu passei, os outros também devem passar. Existe um prazer de maltratar o outro. Além da violência e do constrangimento, uma forma de trote condenável são as diferentes formas de extorsão.

No final de janeiro, a Universidade Estadual de Londrina reuniu os professores, funcionários e centros acadêmicos para evitar o trote ao calouros que chegam hoje. A UEL foi uma das universidades do Paraná onde o trote se tornou mais polêmico e chegou a criar o Disque-Trote (43) 3371-4363.

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